IDENTIDADES





Uma forma de conhecer um pouco mais da sociedade santa-mariense, mostrando diferentes personagens da cidade, seus gostos e preferências...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O homem que copia


O perfil desta semana é conhecido principalmente pelos milhares de estudantes da cidade. Estamos falando de Clóvis Antonio Portolann, funcionário da Casa Rosa – estabelecimento onde muitos professores disponibilizam materiais para xerox.

Nascido em 31 de julho de 1966, Clóvis é natural da cidade gaúcha de Jóia. Ele veio para Santa Maria em 1985 para servir na Base Aérea, onde ficou durante nove anos. Em 1987, ele decidiu passar as férias em Natal, Rio Grande do Norte. Foi lá que conheceu a mulher com quem casou e teve a filha Ananda, de 11 anos. No início, o namoro foi só por correspondência. Foram dois anos assim: ele aqui em Santa Maria, e ela em Campina Grande, na Paraíba.

Quando saiu da Base, Clóvis rumou para o Piauí, onde morou um ano e meio. Enquanto trabalhava no hotel da sogra, começou a comprar fitas de vídeo, que acabaram por constituir uma pequena locadora. A decisão de vir morar em Santa Maria foi tomada por ambos que, ao chegarem aqui, montaram outra locadora com as fitas que trouxeram. Seis meses depois, uma máquina de xérox começou a dividir espaço com as fitas de vídeo.

Era 1998. A locadora começou a não render mais tanto, principalmente devido à possibilidade de ver os filmes diretamente na televisão, pela NET. Clóvis acabou aderindo definitivamente ao xérox e foi trabalhar junto com um ex-colega da Base Aérea, dono da tão conhecida Casa Rosa. Tempos depois, o desejo do amigo de vender o estabelecimento foi aliado ao da família de Clóvis de comprá-lo.

Em dias de semana, Clóvis trabalha no xérox. Nos fins de semana, o esforço é na cozinha, já que é ele quem faz o almoço. As opções não poderiam ser mais saborosas: churrasco, lasanha, feijoada – seus pratos preferidos. Quando perguntado sobre o que gosta de fazer nas horas vagas, a resposta foi rápida: “dormir”. Além disso, ele também não dispensa uma boa leitura, principalmente dos jornais Diário de Santa Maria, A Razão e Correio do Povo.

Clóvis adora trabalhar ali e, entre os motivos, está o fato de que o trabalho lhe permite conhecer muitas pessoas. Foi esta popularidade que fez com que ele fosse homenageado na formatura da última turma do curso de Ciências Sociais da UFSM, que aconteceu no início desse ano.

O trabalho vai bem, mas os planos do nosso personagem da semana são crescer ainda mais no âmbito profissional e, quem sabe, montar uma papelaria.

Um comentário:

Anônimo disse...

má bota o telefone de contato do vivente :D ..