IDENTIDADES





Uma forma de conhecer um pouco mais da sociedade santa-mariense, mostrando diferentes personagens da cidade, seus gostos e preferências...

domingo, 4 de novembro de 2007

O livro de D. Julinha

D. Júlinha, assim como muitos outros, tem vontade de escrever livro sobre suas peripécias do dia-a-dia. Não é à toa. O livro tem o poder de eternizar as frases e histórias que ele contém. E registrar as memórias e os pensamentos – para que todos leiam – é um sonho antigo do ser humano.

Mas o livro nem sempre foi tão bem difundido como é hoje (ainda que seja pouco). Durante séculos, ele foi considerado um bem perigoso e precioso ao qual poucos tinham acesso. A “democratização” do conhecimento contido nos livros aconteceu somente com a invenção do linotipo e da imprensa, por Guttemberg, em 1445.

Mas, por que eles tinham tanto medo dos livros?

A escrita e os livros provaram ser ótimas maneiras de esclarecer a população, tornando-as, muitas vezes, descontentes com a situação política e social vivida. As idéias contidas nos livros eram perigosas para o regime vigente, incitando o povo ao debate e, muitas vezes, à revolução.
Além do poder das idéias revolucionárias, o livro também se configura num meio de “eternizar” pensamentos e o modo de ver o mundo do escritor. Livros são como armários, que guardam vivências, impressões e segredos – revelados ao leitor.

Assim como o livro, hoje outras mídias se ocupam de guardar histórias de vida, como a fotografia e a Internet (com os blogs e o orkut). Quem lê estes conteúdos conhece um pouco da vida da pessoa que os escreve, mesmo que às vezes eles pareçam (ou sejam) uma vitrine do “escritor”.
Neste contexto, quem nunca pensou em escrever um livro, um blog ou fazer um orkut para manter “vivas” suas memórias? Pelos comentários, D. Júlia prefere o bom e velho livro. Histórias, pelo jeito, ela tem de sobra para contar. Agora só falta inventar um título para a obra.

Nenhum comentário: