IDENTIDADES





Uma forma de conhecer um pouco mais da sociedade santa-mariense, mostrando diferentes personagens da cidade, seus gostos e preferências...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Lugares da história de Dona Julinha

Já que nossa cidade já foi bem comentada em um post anterior, vamos falar agora de dois lugares de Santa Maria: a Catedral e a Avenida Rio Branco.
A catedral é um local comumente citado por quem se refere à dona Julinha, em frases como: “a senhora que vende chás e ervas medicinais em frente à Catedral, ao lado da parada de ônibus”.
A presença da fé em Santa Maria é muita marcante, demonstrada principalmente na Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira. E a Catedral Diocesana é um outro exemplo. Localiza na Avenida Rio Branco, teve sua pedra fundamental lançada em oito de setembro de 1902. As pinturas são de Aldo Locatelli, com a temática de Nossa Senhora Imaculada Conceição.
A inauguração foi em chuvoso cinco de dezembro de 1909, celebrada pelo Bispo D. Cláudio José. E nem a chuva impediu que um grande público viesse prestigiar a cerimônia, vindo de cidades como Porto Alegre, Santa Cruz, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Rio Grande, Bagé e Uruguaiana. Após a sagração, o Padre Caetano Pegliuca celebrou a primeira missa.
Para saber um pouco mais de outros templos religiosos de Santa Maria, veja Santa Maria Tur.
A Avenida Rio Branco homenageia José Maria da Silva Paranhos Júnior – o Barão de Rio Branco. Nascido no Rio de Janeiro, em vInte de abril de 1845, era filho do Visconde do Rio Branco, autor da Lei do Ventre Livre.
Essa avenida já teve vários outros nomes. Em 1819, chamava-se Rua General Rafael Pinto Bandeira, e possuía apenas três ou quatro quadras. Em 1876, o nome foi trocado para Rua Coronel Valença.
E havia um cemitério no final da avenida, que ocupava, por exemplo, uma parte do local onde hoje se encontra o prédio da Sociedade União dos Caixeiros Viajantes (SUCV). O Cemitério Santa Cruz abrigava os restos mortais dos últimos moradores da Vila Santa Maria. Em 1888, esses restos foram retirados.
Em 1898, passou-se a se chamar Rua Progresso, e foi só em 1908 que recebeu o nome pelo qual é conhecida hoje.
É uma pena que uma rua tão antiga e importante para a história de Santa Maria esteja assim decadente hoje, sem cuidados, coberta de lixo e de barraquinhas de camelô. Vamos torcer então para que toda essa conversa de revitalização dessa área, que a Prefeitura de Santa Maria vem propondo, saia definitivamente do papel.

Outro informações sobre locais importantes de Santa Maria podem ser encontradas no site da Secretária de Turismo.

Ah! E quanto a São Nicolau, cidade natal de Dona Julinha, descobri que fica no noroeste do estado e tem em torno de seis mil habitantes. A história do município vem de longa data. Em três de maio de 1626, foi fundada a Redução Jesuítica de São Nicolau e foi também rezada a primeira missa em solo gaúcho. A região onde se encontra a missão foi alvo de sucessivas lutas por terras entre Espanha e Portugal, tendo sido somente em 1801 que a posse foi definida, ficando com os portugueses. Em 1854, São Nicolau foi incorporada ao município de Cruz Alta, depois fez ainda parte de São Borja, Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga. Em 1980, passou a condição de Vila, e alguns meses depois foi elevada ao posto de município.
Quem passar por lá pode aproveitar e visitar as ruínas da Redução Jesuítica e alguns outros sítios arqueológicos do lugar.

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